No metro de Varsóvia, entre túneis escuros e carruagens cheias de gente, as estações são agora maiores. Excertos de poesia europeia contemporânea partilhada com polacos. E turistas poliglotas. 
Escreve-se em português… 
Do lado de cá, acrescento o poemo por inteiro:
“Gruas no cais descarregam mercadorias e eu amo-te. 
Homens isolados caminham nas avenidas e eu amo-te. 
Silêncios eléctricos faíscam dentro das máquinas e eu amo-te. 
Destruição contra o caos, destruição contra o caos, e eu amo-te. 
Reflexos de corpos desfiguram-se nas montras e eu amo-te. 
Envelhecem anos no esquecimento dos armazéns e eu amo-te. 
Toda a cidade se destina à noite e eu amo-te.”
in Gaveta de Papéis
 
 
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