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30 de outubro de 2009

13 de outubro de 2009

Wiersze w metrze

No metro de Varsóvia, entre túneis escuros e carruagens cheias de gente, as estações são agora maiores. Excertos de poesia europeia contemporânea partilhada com polacos. E turistas poliglotas.
Escreve-se em português…

poetry

Do lado de cá, acrescento o poemo por inteiro:


“Gruas no cais descarregam mercadorias e eu amo-te. 
Homens isolados caminham nas avenidas e eu amo-te. 
Silêncios eléctricos faíscam dentro das máquinas e eu amo-te. 
Destruição contra o caos, destruição contra o caos, e eu amo-te. 
Reflexos de corpos desfiguram-se nas montras e eu amo-te. 
Envelhecem anos no esquecimento dos armazéns e eu amo-te. 
Toda a cidade se destina à noite e eu amo-te.”


in Gaveta de Papéis

9 de outubro de 2009

18 horas e alguns minutos…

… foi o tempo que passou entre sair de Lisboa, entrar na auto-estrada, parar na bomba de gasolina de Vila Velha de Ródão, agarrar no volante algures perto da Guarda, atravessar Vilar Formoso, revirar os olhos com sono, chegar a Salamanca, perder-me em Salamanca, encontrar-me em Salamanca, fazer o check-in, subir ao quarto, não ter luz no quarto, descer à recepção, constatar que não sou grande expert no que toca a hóteis, subir novamente, deitar-me, olhar para o relógio e pensar que o tempo devia esticar, adormecer, acordar duas horas e cinquenta minutos depois, tomar um duche, descer para o pequeno-almoço, fazer o check out, ver a Universidade ao longe, admirar os prédios ao longe, correr para o Palácio de Congressos, conhecer pessoas, assistir ao Encontro, bater palmas, preparar para o regresso, voltar ao carro, almoçar em Vilar Formoso, adormecer na A23, adormecer na A23, parar na bomba, comprar Maltesers, adormecer na A23, adormecer na A1, ouvir na rádio que o Obama ganhou o Nobel da Paz, fechar os olhos, cabeça cai para a frente, cabeça encosta para trás, chegar a Lisboa, sentir cada vez mais quente e meter as chaves na porta de casa…

Salamanca